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  Vitória da democracia é celebrada em noite de premiação

  28/10/2008

Na noite do dia 27 de outubro, uma cerimônia especial aconteceu no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o TUCA. Palco de mobilizações e manifestações políticas na época da ditadura militar, o teatro desta vez foi invadido por centenas de pessoas que estavam prestes a celebrar a vitória da democracia, após anos de censura, torturas e perseguições. Na noite do dia 27 de outubro, às 19 horas, o TUCA sediava duas cerimônias históricas: o 30º Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos e a entrega do Troféu Especial de Imprensa ONU/60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos/Prêmios Vladimir Herzog aos cinco jornalistas que mais se destacaram na cobertura dos direitos humanos no Brasil.

Mais de 300 pessoas acompanharam atentas as quase quatro horas de cerimônia. Entre os participantes, muitos jornalistas, estudantes, militantes dos direitos humanos, políticos, ex-presos políticos da ditadura militar e seus familiares.

A idéia do Troféu Especial de Imprensa nasceu no início deste ano, por iniciativa do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC-Rio) e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) para celebrar os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sergio Gomes, diretor da OBORÉ – empresa convidada para coordenar e organizar o Troféu –, contou como foi o processo de elaboração do prêmio especial. “No começo deste ano, se decidiu que os 60 anos da Declaração seriam comemorados com uma justa homenagem aos jornalistas que mais batalharam pela democracia e pelos direitos humanos no Brasil. A forma encontrada pela ONU e pela SEDH foi apoiar o Prêmio Vladimir Herzog e se apoiar nele”, disse. 

Ao longo dos 29 anos, 553 jornalistas já ganharam o Prêmio Vladimir Herzog. Desses, 437 foram localizados pela Maxpress – empresa responsável pela busca e contato com os ganhadores das 29 edições do prêmio e pela construção de um ambiente de votação para o Troféu Especial – e 326 votaram em até cinco jornalistas de sua livre escolha. No resultado da votação, 365 comunicadores receberam pelo menos um voto. Os votados foram Caco Barcellos, Henfil, José Hamilton Ribeiro, Zuenir Ventura e Ricardo Kotscho. “Cada um receberá esta obra, o Vlado Vitorioso, em reconhecimento ao trabalho realizado na luta pelos direitos humanos. A partir de agora, esse Troféu não se reproduz mais. É único”, afirmou Gomes enquanto chamava os jornalistas para receber das mãos de Clarice Herzog, viúva de Vlado, o prêmio especial. Ivan de Souza, filho do grande cartunista Henfil, foi receber a homenagem em nome do pai, falecido em 1988.

“Nossas reportagens farão parte da história da luta pelos direitos humanos, pela via do jornalismo no Brasil, nos últimos 30 anos. Mas essa é uma vitória parcial, pois as temáticas de todos os prêmios Vladimir Herzog ainda são muito atuais. Portanto, ainda precisamos trabalhar muito para virar essa página da nossa história”, disse Caco Barcellos, repórter e apresentador do programa Profissão Repórter, da TV Globo, ao receber o Troféu Especial

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Clarice Herzog e os cinco vencedores. Na ordem: Caco Barcellos, José Hamilton Ribeiro, Ricardo Kotscho, Ivan de Souza - que recebeu a homenagem pelo pai, Henfil -, e Zuenir Ventura.

Para Giancarlo Summa, diretor do UNIC-Rio, ao entregar o troféu aos cinco jornalistas, a ONU presta uma homenagem a todos os profissionais que se empenharam e se empenham para fazer avançar os direitos humanos no Brasil. “Ontem a luta foi contra a ditadura militar. Não temos mais jornalistas mortos, perseguidos, torturados no Brasil, mas ainda há muitos desafios para tornar realidade os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirmou.

Assinada em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é composta de 30 artigos, fundados nos princípios de Justiça, Paz e Liberdade para todos os povos. Todos são iguais em direitos e deveres, independente de raça, cor, religião ou situação social. Ela constitui uma recomendação da ONU aos países-membros, para que todos adotem normas internas e internacionais de proteção aos direitos humanos, tanto no plano global como regional. São quatro os seus pilares fundamentais: o primeiro o dos direitos e liberdades individuais, como o direito à vida, à dignidade, à segurança; garantias contra a escravidão de pessoas, a tortura e a prisão arbitrária. O segundo prevê o direito a uma nacionalidade, direito à propriedade, a não sofrer interferências indevidas em sua vida e liberdade, o direito ao sigilo de correspondência, à honra e à reputação. O terceiro eixo trata dos direitos políticos, como o direito ao voto, à participação em processo eleitoral e ao exercício pleno da cidadania. O quarto pilar refere-se aos direitos econômicos, sociais e culturais, como o direito ao trabalho, à liberdade sindical, educação, descanso, vida cultural e à proteção da criação artística.

Vitória da democracia

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Parceiros ganhadores da réplica do Troféu Especial. Entre eles, o ministro Vannuchi, Giancarlo Summa, Sergio Gomes, Clarice Herzog - que recebeu a matriz das mãos do criador, Elifas Andreato.

O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, em seu discurso, falou sobre a luta pela garantia dos direitos humanos no Brasil. Para ele, Vlado representa todos os brasileiros mortos nessa resistência vitoriosa, que resultou na democracia brasileira. “Nós somos uma geração vitoriosa. Nós vencemos essa disputa porque o país está sendo reconstruído na democracia”, disse. Para Vannuchi, o prêmio especial é uma forma de homenagear e reconhecer o trabalho de todos aqueles que lutaram pela agenda dos direitos humanos, principalmente durante o período militar.

Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara dos Deputados, reforçou a fala do ministro. “Hoje nós reconquistamos a democracia e temos a liberdade de defender com argumentos as nossas teses. Nós devemos homenagear, na figura do Vlado, todos os que lutaram e que morreram e não tiveram oportunidade de comemorar esse momento como nós tivermos”.

O espaço, além de homenagens e premiações, também foi usado para protestar e lembrar histórias de famílias que foram perseguidas e torturadas durante a ditadura. Augusto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, lembrou que as 30 edições do Prêmio Vladimir Herzog têm servido de tribuna para os pronunciamentos políticos da categoria. Desta vez não foi diferente. Ouça as falas de Ivan Seixas, do Fórum Permanente dos ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, e Alcimir do Carmo, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Receberam réplicas do Troféu Especial de Imprensa ONU, todas as entidades que participaram da elaboração do prêmio e da recuperação do acervo do material premiado nos 30 anos de Prêmio Vladimir Herzog. São elas:

Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic-Rio)
Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República
Associação Brasileira de Imprensa/ representação São Paulo (ABI/SP)
Comissão de Justiça e Paz
Família Herzog
Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
Fórum dos Ex-presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo
Ordem dos Advogados do Brasil/ Seção São Paulo (OAB/SP)
Ouvidoria das Polícias de São Paulo
Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo
Central Única dos Trabalhadores Nacional (CUT/Nacional)
Colibri e Associados
Comunidade Coral Luther King
Fundação Padre Anchieta
Maxpress
OBORÉ Projetos Especiais
TV Aberta/Canal Comunitário de São Paulo
TV USP/Canal Universitário de São Paulo
Universidade Federal do Rio de Janeiro/Núcleo de Computação Eletrônica
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Menção Honrosa
Eliane Brum – jornalista
Dom Odilo Scherer – cardeal-arcebispo de SP
Dom Paulo Evaristo Arns

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