Encerramento do módulo Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter

No último sábado, dia 20 de setembro, a sala Aloysio Biondi da OBORÉ foi o cenário do encerramento do módulo Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter, do Projeto Repórter do Futuro. Dois meses após o retorno da viagem à Amazônia Oriental (leia mais em Relatos de viagem: o dia-a-dia dos estudantes do Repórter do Futuro), o momento atual era de análise e reflexão.

“Estamos aqui para fazer uma avaliação para que a gente possa, a partir da análise dessa trajetória, verificar os defeitos e qualidades do curso para que possamos, nas próximas edições deste módulo, ver em que podemos melhorar e avançar”, destaca Sergio Gomes, diretor da OBORÉ.

De 15 a 18 de julho, foram 20 horas/aula de curso preparatório com palestras de químicos, antropólogos, militares, médicos, jornalistas e fotógrafos. Depois, de 21 a 26 de julho, uma semana de imersão na Amazônia Oriental, com passagem por Belém (PA), Tucuruí (PA), Marabá (PA), Amapá (AP), Oiapoque (AP), Clevelândia do Norte (AP) e Saint George, na Guiana Francesa. Na volta, mais oficinas de edição de vídeo e de texto.

O saldo: centenas de fotos publicadas, vídeos que mostram pequenos momentos e experiências da viagem e relatos das vivências. Acessos de mais de cinco mil visitantes, de 41 países diferentes, no site laboratório do Projeto Repórter do Futuro e muita história para contar. Para Rodrigo Savazoni, um dos coordenadores do curso, é uma amostra do que é possível conseguir com iniciativas como essa. “É um balanço embrionário ainda, mas nos mostra o potencial que temos nas mãos. Estamos trabalhando para melhorar ainda mais para o próximo ano. A gente acredita que com esse projeto, a gente ajude a formar pessoas que vão dar seqüência a um trabalho jornalístico relevante, multiplicando conhecimento, aonde quer que estejam”, comenta o jornalista. 

Entre as avaliações dos estudantes, relatos de mudanças e descobertas. “Eu não esperava que aos 21 anos eu ia conhecer tudo o que eu conheci. Quebrei vários preconceitos nessa experiência. Saí daqui com uma visão formada de sudeste e ao chegar lá muita coisa mudou”, conta a estudante Juliana Belda. “Foi uma experiência muito rica. Mas essa viagem foi só um start para a gente buscar cada vez mais coisas sobre a Amazônia. A gente viu apenas um pedaço dela, um pedaço onde o Exército trabalha, agora, cabe a nós o resto. Ir atrás de mais informações e conhecimentos sobre a região”, avalia o estudante Circe Bonatelli.

Mas os aprendizados não ficaram apenas para os estudantes. Responsável por organizar toda a viagem, o coronel Barboza, do Centro de Comunicação Social do Exército, tirou muitas sugestões para melhorar essa parceria. “Nós vamos buscar acertar esses detalhes [tempo para redação de textos, maior contato com população local, tempo de palestras em quartéis] para que o ano que vem nós tenhamos mais proveito dessa parte jornalística, com um planejamento antecipado. Mas o mais importante para a gente é ver o resultado desse trabalho. Mostrar para vocês de perto o trabalho que é feito na Amazônia. Tenho certeza que vocês vão levar isso que vocês viveram para o resto da vida e serão multiplicadores desse conhecimento. Vocês foram atrás da notícia e fizeram isso muito bem”, diz Barboza.

Todos os alunos que viajaram para a região norte receberam suas Reembolsas de volta. Isso significa que o curso saiu de graça para todos que participaram do curso, pois as regras foram rigorosamente cumpridas.  Para o ano que vem, a proposta é transformar o mini-módulo da Amazônia em um módulo maior, como o Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter - que teve duração de dois meses. Dessa forma, os alunos que viajarem terão mais informações sobre a região e estarão mais preparados. 

Também estiveram presentes no encerramento do módulo Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter, dois dos palestrantes do mini-curso preparatório, o químico Alexandre Pessoa e a médica Norma Vasconcelos. 

Este módulo foi patrocinado pelo Exército Brasileiro; co-patrocinado pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo – SINPRO-SP e pela ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. E teve apoio da ABI - Associação Brasileira de Imprensa; Cátedra UNESCO de Comunicação para o Desenvolvimento; IEA- Instituto de Estudos Avançados da USP; Curso de Jornalismo da Universidade Católica de São Paulo; Curso de Jornalismo da Universidade Mackenzie; Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações da USP; Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero; Canal Universitário de São Paulo; FEPESP – Federação dos Professores do Estado de São Paulo; Fundação Padre Anchieta; ISA – Instituto Socioambiental; Ludo Filmes; Ponto de Cultura Vila Buarque; Sindicato dos Professores de São Paulo; TV Assembléia - SP; TV Brasil - Canal Integración; TV USP; TV Mackenzie; TVAberta/ Canal Comunitário de São Paulo; Universidade Metodista; WeDo Comunicação.