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18/10/2001
O primeiro grupo de profissionais do Programa Saúde da Família - PSF que atuará na Vila Nova Curuçá, Zona Leste de São Paulo, já está treinado para o início das atividades. As equipes começam os trabalhos ainda neste mês com visitas domiciliares que irão gerar o cadastro dos moradores.
O programa, implantado pela Secretaria Municipal de Saúde, conta com a parceria de diversas entidades, entre as quais, a do Hospital Santa Marcelina que participará da coordenação das unidades da região, área em que já atua na direção das equipes do programa estadual Qualidade Integral em Saúde – Qualis.
Para melhor implantação do Sistema Único de Saúde - SUS e ampliação do PSF no município, a cidade de São Paulo foi dividida em 41 distritos de saúde, com média de 250 mil habitantes cada, sob a coordenação de uma autoridade sanitária local. No caso do distrito da Vila Curuçá, o responsável é o médico Henrique Sebastião Francé, atuante há 25 anos na Zona Leste. Nesta divisão administrativa há 160 mil moradores que serão atendidos por equipes compostas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários.
Somente na unidade da Vila Nova Curuçá, que funciona há 11 anos, o novo formato contará com 30 agentes comunitários, seis enfermeiros, 12 auxiliares de enfermagem e seis médicos que atenderão seis mil famílias. De acordo com Francé, ainda faltam dois médicos para completar o quadro. "A Secretaria tem tido dificuldade para a contratação de médicos generalistas, mas estamos realizando um trabalho de maior conscientização da classe para que surjam mais candidatos às vagas", afirma.
Para a diretora superintendente do Santa Marcelina, Irmã Maria Thereza Lorenzzoni, com o PSF a população terá o atendimento de saúde preventivo que dará o alicerce necessário ao SUS. "A essência deste programa é fortalecer a prestação de serviço à população. A nossa experiência com o Qualis vai agregar a este trabalho mais solidez e constituir mais uma obra duradoura", ressalta a diretora.
Segundo Francé, o PSF já é uma realidade em mais de três mil municípios brasileiros e conseguiu melhorar as condições de vida dos cidadãos dessas localidades que estão mais concentradas na região Nordeste. "O programa é muito abrangente porque não envolve apenas o ato de atender o paciente, mas conhecê-lo no todo e, além disso, estabelecer uma convivência que ofereça confiança entre equipes e pacientes. Assim, contribuindo para a formação de uma comunidade que estará preocupada não só com a saúde, mas com o local em que serão geradas as ações preventivas. Outro fator é a possibilidade de resolver os problemas de saúde na unidade de atendimento, deixando para os hospitais os casos mais complexos", completa o coordenador.
Até o final deste ano, mais 52 equipes serão formadas na Zona Leste sob a parceria do Hospital Santa Marcelina e da Secretaria Municipal da Saúde, ampliando, desta forma, o atendimento à população. As próximas áreas beneficiadas serão os distritos de Ermelino Matarazzo, São Miguel, Itaim Paulista, São Mateus, Itaquera, Cidade Líder e Guaianases.
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