12/10/2007
Com prefácio de Heródoto Barbeiro (jornalista da CBN, da TV Cultura e gerente de jornalismo do Sistema Globo de Rádio – SP) e apresentação do professor Nilson Alves de Moraes (Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do Grupo de Trabalho Comunicação e Saúde da ABRASCO – Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva), a questão central do livro é o descompasso do rádio com as políticas públicas no Brasil – apesar de ser um meio acessível e popular no país.
O livro resulta da dissertação de mestrado defendida por Ana Luisa na Escola de Comunicações e Artes da USP, em março deste ano, sob a orientação de Adilson Odair Citelli, livre-docente e chefe do Departamento de Comunicações e Artes. A análise do nível de desencontro do veículo com as políticas públicas teve como foco 142 emissoras de rádio comerciais e comunitárias parceiras da Rede de Comunicadores pela Saúde, de diferentes naturezas e expressões, instaladas em 138 municípios de 19 estados do Brasil. A pesquisa também possibilitou o mapeamento do perfil e das demandas de informação e formação de 155 comunicadores populares.
De acordo com Ana Luisa, "a pesquisa joga luz sobre um tema muito discutido mas ainda pouco efetivado na prática - a comunicação como aliada no controle das políticas públicas. E remete a uma reflexão sobre o potencial do rádio neste campo, um assunto que interessa não só aos profissionais da área da comunicação mas também aos da área da saúde e das demais áreas sociais.
O radialista, por ser formador de opinião e ter legitimidade local, é o grande responsável pela qualidade das informações geradas nos seus programas. Daí o papel colaborador deste profissional no controle social das políticas públicas em sua cidade, seu bairro, sua comunidade. Ao conhecer e relacionar as políticas públicas às questões cotidianas locais, o radialista passa a atuar como protagonista do controle social”.
Conclusões
Elevar o nível de conhecimento e de conscientização dos comunicadores para que eles estejam habilitados para conversas mais consistentes com o seu público é ressignificar o rádio para uma atuação cooperante e concomitante nos muitos espaços educativos que se propõem ao serviço da democracia: “É devolver ao rádio seus ouvidos, que aos poucos foram se ensurdecendo, e convocar de seus microfones outras palavras, agora musculadas por sua consciência crítica".
As vendas estão disponíveis no site da Editora Hucitec. |