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  Soninha Francini fala sobre a Frente Parlamentar em Defesa das Rádios Comunitárias

  20/06/2007

A Frente Parlamentar da Câmara Municipal em Defesa das Rádios Comunitárias será lançada no dia 25 de junho, durante a 11ª Mesa de Trabalho em Apoio às Rádios Comunitárias, na Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí nº 100, 1º subsolo - Auditório Sergio Vieira de Melo).

Integrante da Frente, a Vereadora Soninha Francini (PT), afirmou a defesa das rádios comunitárias não pode ser causa de um único gabinete ou partido. “Esse é o tipo de luta que depende muito de visibilidade e pressão política. Até porque não é uma batalha com total respaldo na sociedade: muitas consideram essa história de rádio "comunitária" como algo "clandestino", "pirata", ou meros palanques (mal) disfarçados”, disse.

Além dela, integram o grupo os Vereadores Antonio Donato (PT), Aurélio Nomura (PV), Beto Custódio (PT), Carlos Bezerra Jr. (PSDB), Carlos Neder (PT), Chico Macena (PT), Claudete Alves (PT), Eliseu Gabriel (PSB), João Antonio (PT), José Américo Dias (PT), José Police Neto (PSDB), Noemi Nonato (PSB), Paulo Fiorilo (PT), Paulo Frange (PTB) e Wadih Mutran (PFL).

Confira a entrevista concedida por Soninha à OBORÉ, por e-mail:

OBORÉ – Como você avalia a gestão do Ministério das Comunicações do atual governo? Muitos debates polêmicos foram levantados pela sociedade. Tiveram o tratamento devido no governo?
Soninha – No mínimo, ambígua. Algumas questões - como a abertura do processo de homologação das rádios em São Paulo - demoraram séculos para avançar um passo. Quando finalmente caminharam, o Ministério oscilou entre o impulso e a contenção; a presença e o sumiço. Eu esperava uma postura mais firme desse governo em uma questão que sempre nos foi tão cara.

OBORÉ – O modelo de difusão da informação no país (rádio, tv e internet) caminha para a democratização?
Soninha – Com a internet, sim. À revelia das decisões políticas... Com a internet, as pessoas conseguem produzir, compartilhar, ter acesso a conteúdo de um milhão de fontes diferentes. Conseguem montar pontes e redes de todos os tipos. Não é um mundo lindo e perfeito, e nem poderia - ela é tocada por humanos. Às vezes, reproduz os mesmíssimos defeitos da mídia tradicional, como o de reproduzir à exaustão o que nunca foi checado; o de tratar o que alguém disse (ou "teria dito") como prova de um fato; de confundir opinião com registro factual. Mas a produção de conteúdo é possível de tantas formas diferentes que torna a "cartelização" da informação muito mais difícil. E a internet aceita texto, imagem e áudio. O problema é que o consumo, ou melhor, o acesso, ainda tem limites óbvios: não dá para carregar "a internet" no bolso, ligar na prateleira em cima da pia, carregar para o chuveiro, correr com ela a tiracolo, levar no carro. Rádio dá... Ainda é o meio de comunicação mais vivo e portátil que existe. Se ele caminha para a democratização? Tomara, mas o espectro, por enquanto, ainda é muito dominado por poucos grupos, que conseguem suas concessões naquele processo que conhecemos bem (e que muitas vezes desaprovamos). Mas as tecnologias brevemente hão de convergir ainda mais, e quem sabe a produção de um rádio pela internet facilmente chegará a um captador portátil que venha a ser tão acessível quanto um radinho de pilha...

OBORÉ – De que forma os atuais veículos de comunicação interferem no debate sobre democratização da comunicação?
Soninha – Esculachando tudo! Desconsiderando completamente a possibilidade de uma rádio ser comunitária (eles nem usam esse termo!); destacando os desvios de finalidade e outros problemas ligados a rádios "clandestinas"; zombando ou vociferando contra qualquer tentativa de controle social dos canais concedidos, invocando sempre o fantasma da censura para se evadir de qualquer questionamento do seu conteúdo ("quem quiser que mude de canal!", dizem, como se isso as eximisse de qualquer responsabilidade pelo que exibem); apresentando-se sempre como super livres e democráticos, como isentos e justos... A mídia, que é tão acidamente crítica de tudo (e da política em primeiríssimo lugar - não que não haja motivos para isso...), muito dificilmente critica a própria mídia. Especialmente se for um veículo da mesma espécie (jornal X jornal, rádio X rádio). Será que eles já se deram conta dessa proteção corporativa, ou é quase inconsciente, instintivo? Ou pensam que deixar de criticar uns aos outros é uma espécie de ética entre concorrentes?
 
 
 
   
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