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13/06/2007
O jornalista José Roberto de Alencar, de 63 anos, morreu nesta terça-feira (12) por volta das 22h, devido a complicações causadas por uma cirurgia de retirada de um aneurisma na aorta abdominal. O velório acontece no Cemitério São Paulo (Rua Luiz Murat, nº 245 – Vila Madalena) e o cortejo para a cremação no Crematório Municipal Dr. Jayme Augusto Lopes (Av. Francisco Falconi, nº 437 – Vila Alpina) sai de lá às 15h.
O repórter foi coordenador pedagógico do Projeto Repórter do Futuro, da OBORÉ, em 2005. É sócio-fundador da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e sempre participou de diversas atividades da associação.
No site da Abraji, foi publicado o perfil de José Roberto:
“Zé Alencar, Zé Grandão ou Zézão, como era chamado por seus amigos, mineiro de Santa Rita de Caldas, começou a carreira na década de 70, quando teve sua primeira matéria publicada pela revista Exame. Nesses mais de 30 anos de carreira, passou por cerca de 50 redações. Entre elas estão, nas palavras dele, “Gazeta Mercantil, Jornal da República, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, Folha da Tarde, Jornal da Tarde, DCI, Jornal do Brasil, Jornal de Brasília, Diário do Povo de Campinas e Hoje em Dia de Belo Horizonte, Opinião, Movimento, Coojornal e 5 de Março, Exame, Realidade, Senhor, Istoé e Época e três dezenas de publicações menores e de frilas em O Globo, Veja e 4 Rodas”. É autor de vários livros, como Sorte e Arte, Muita sorte & pouco juízo e ABC do Nhe, Nhe, Nhém.
Além de dono de um dos textos mais primorosos da imprensa brasileira, Zé Alencar tinha fama – e histórico – de furão. “Como dizia Pena, jornalismo é a primeira – o resto é resto. Adoro a capa, ribalta da efêmera glória matinal: ao meio-dia, jornal já é papel de embrulho nada higiênico”, escreveu em Sorte e Arte.
Era apaixonado pela profissão, mas fazia charme. Repetia sempre que “fazer jornal é estafante, mas ainda é melhor do que trabalhar”, citando Audálio Dantas. No prefácio de Sorte e Arte, Sérgio Buarque de Gusmão diz: “Dessas matérias-primas é traçado o livro que você vai ler. Cheio de falcatruas, é verdade, a começar pelo título, um exemplo acabado de propaganda enganosa: o que ele chama de arte é suor; o que diz ser sorte é puro talento.”
A Abraji lamenta profundamente a morte de Zé Alencar.”
Para publicar no site da Abraji um depoimento sobre José Roberto, escreva para abraji@abraji.org.br. |
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