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01/06/2007
Washington Novaes, jornalista especializado em meio ambiente, é supervisor geral do quadro Biodiversidade do Repórter Eco (TV Cultura) e escreve artigos para o jornal O Estado de S. Paulo. Concedeu entrevista ao Plantão Saúde de junho e destacou os principais temas a discutir no Dia Mundial do Meio Ambiente.
Plantão Saúde: Temos o que comemorar no dia 5 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente?
Washington Novaes: Não sei se comemorar, mas o dia pode servir para lembrar das graves questões com que estamos defrontados. O Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, continua a dizer que as questões centrais da humanidade são as mudanças climáticas e os padrões insustentáveis de produção e de consumo, além da capacidade de reposição da biosfera. No dia, precisamos lembrar que temos que mudar nossos modos de viver.
PS: Quais os principais descuidos com o meio ambiente e quais conseqüências trazem?
WN: Com a destruição dos ambientes naturais, as doenças vêm para as cidades: dengue, febre amarela, antavirus, rotavrus, uma porção de outros. A poluição dos cursos d’água com produtos químicos, medicamentos e atibióticos, serpas ultra-resistentes de bactérias e vírus se formam e atacam os seres humanos de forma muito mais grave.
PS: Campanhas de esclarecimento no rádio ou na TV ajudam?
WN: Ajudam e precisam ser feitas, no rádio, na TV, em todos lugares. Essas questões não estão separadas da política, da economia, das questões sociais e culturais. O meio ambiente não pode continuar separado como se não fizesse parte disso tudo.
PS: Para a sociedade participar das decisões políticas sobre melhoria do meio ambiente, o que seria preciso?
WN: Para isso a sociedade precisa estar permanente mente informada sobre o que acontece, quais os custos, inclusive custos com saúde humana. Isso é necessário para que ela tome posição e exija dos administradores públicos posições e soluções adequadas. |
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