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01/06/2007
O Plantão Saúde nº366 tem como tema o combate às drogas e à dependência química. A especialista convidada para abordar o assunto foi a psicóloga Neliana Buzi Figlie, diretora do Cuida (Centro utilitário de Intervenção e Apoio aos Filhos de Dependentes Químicos).
Ela explicou que algumas pessoas processam determinadas substâncias mais rápido do que o normal e não sentem o efeito tóxico que elas provocam. “Passam a consumir quantidades cada vez maiores e ficam dependentes”, disse.
As necessidades de consumo de substâncias químicas que levam à dependência são as mais diversas, afirmou a psicóloga. “Uma pessoa com distúrbios emocionais pode ficar dependente de químicos para controlar o humor. Há pessoas que consomem drogas por pressão social, para entrar em algum grupo”, exemplificou.
Tratamento médico
Dependência química é uma questão médica e não moral, ressaltou Figlie. Precisa-se controlar a necessidade da presença da substância no corpo da pessoa, além de estimular o dependente a se ajudar, disse a psicóloga. Ela explicou que há várias frentes de atuação para garantir um tratamento eficiente, como inclusão profissional, reflexões espirituais e inclusão da família no tratamento.
“A família é muito importante e ajuda muito se entende o conceito de doença”, afirma Figlie. No entanto, esse entendimento não pode virar facilitação de acesso à droga, destacou. “A família precisa de boa orientação para ajudar o dependente, precisa participar do tratamento”. |
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