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27/08/2001
O jornal Independent, da Inglaterra, descobiru. Imediatamente, o italiano Corriere Della Sera e outro periódicos europeus repercutiram. Só no Brasil não se leu uma linha sobre o esquema internacional de espionagem e controle das atividades dos organizadores das manifestações de Gênova.
Segundo o jornal italiano já está em funcionamento "um sistema internacional para troca de informações entre a força policial e os serviços de inteligência dos países da UE (União Européia) para identificar e reprimir os manifestantes anti-globalização e os membros do Balck Bloc". A idéia é "formar um grupo internacional de agentes que se reunirá regularmente. Está previsto o uso de policiais e agentes secretos nas cidades para identificar grupos que constituam uma ameaça para a segurança da ordem pública, a criação de uma força-tarefa com a intenção de organizar cursos de preparação para a força de ordem, bem como, de gestão de protestos violentos".
Para o professor de Sociologia da Universidade de Oslo, na Noruega, Thomas Mathieson, este é "um afronte aos direitos civis e um precedente extremamente perigoso". Ele lembra que "a Polícia passará a ter informações de natureza pessoal, como a religião, a orientação sexual e política do investigado". Para Nicholas Bush, coordenador da Fortress Europe Network, movimento europeu para a liberdade civil, isto representa "uma violência contra o direito fundamental do homem. A criminalização de quem não infringi a lei é inaceitável. Isso é colocar sob vigilância pessoas que simplesmente exercem seu direito de se manifestar". |
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