Entre 23 de dezembro e 7 de janeiro a OBORÉ estará em férias. Retomaremos nossas atividades no dia 8 de janeiro, depois de um merecido descanso para tomar fôlego e o famoso champagne de final ano.

2006 foi marcado por algumas mudanças na casa: um site novo, mais estruturado e com mais conteúdo foi inaugurado e a equipe também passou por um rearranjo com a chegada de Arlete Oliveira, que assumiu a Secretaria, e de mais uma jornalista, responsável pelas atualizações da nossa página na internet. Ricardo Paoletti, um dos fundadores da OBORÉ, também está de volta à casa.

O saldo deste ano foi positivo. O mérito desse balanço cabe ao esforço da equipe e do constante apoio dos nossos muitos amigos e amigas, parceiros de longa data.

Realizamos, dois módulos do Projeto Repórter do Futuro: O primeiro deles, "Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter”, parceria entre OBORÉ, ABRAJI – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e ABI – Associação Brasileira de Imprensa, recebeu especialistas como Elci Pimenta (Ex- Ouvidor Geral do Município de São Paulo), Denis Mizne (Diretor Executivo do Instituto Sou da Paz), Dr. Adib Jatene (Conceituado médico, pesquisador e professor) e Frederico Bussinger (Secretário Municipal  dos Transportes), entre outros grandes nomes, que falaram aos estudantes de jornalismo sobre temas relacionados à cidade.

Dando continuidade à parceria firmada com o CICV – Comitê Internacional da Cruz Vermelha em 2001, organizamos V Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflito Armado. Durante os encontros, estudantes de jornalismo participaram de Conferências de Imprensa / Entrevistas Coletivas com o Coronel Luiz Felipe Kraemer Carbonell, o Coronel Raugeston Benedito Bizarria Dias, o porta-voz do CICV, João Paulo Charleaux, além da Professora Cláudia Moisés. Os jornalistas Marcelo Beraba e Ricardo Galhardo também relataram aos estudantes suas experiências na área. A novidade do módulo foi uma visita ao Comando Militar do Sudeste, quando os estudantes participaram de uma Entrevista Coletiva com o General de Exército Luiz Edmundo Maia de Carvalho.

Jornalistas especializados na cobertura de situações de conflito armado e violência interna também participaram de um curso de informação promovido pelo CICV, ABRAJI e OBORÉ que reuniu militares, juristas,  jornalistas e trabalhadores humanitários.

Mas não foi só: este ano que termina também foi marcado por significativas conquistas para a democratização da comunicação. A principal vitória foi a publicação do aviso de habilitação para serviços de radiodifusão comunitária no município de São Paulo. 

Desde outubro, Alexandra Luciana Costa, representante do Departamento de Outorga de Serviços da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, iniciou um trabalho de aproximação com entidades representativas da radiodifusão comunitária paulistana. A participação do Ministério em reuniões sistemáticas, com a preocupação de definir, em conjunto com entidades da sociedade civil, critérios democráticos para o aviso, como universalidade, equidade, representatividade e responsabilidade técnica, foi uma importante conquista.

Trata-se de um passo decisivo para elaboração de mecanismos transparentes para a autorização do serviço de radiodifusão comunitária, bem como para determinação de quantas rádios comunitárias poderão operar na cidade e onde poderão funcionar. O Compromisso de Honra em apoio às rádios comunitárias está no site e já pode ser assinado.

Dia 8 estaremos de volta às lutas:

- O Plantão Saúde, que completará 8 anos em 2007, continuará sendo enviado mensalmente à Rede de Comunicadores pela Saúde, constituída por 577 emissoras parceiras. No próximo ano, o Plantão será recheado com algumas novidades, como a ampliação de temas relacionados à saúde e novos spots que poderão ser livremente utilizados pelas emissoras;

- O Projeto Repórter do Futuro também será mantido e novos módulos são previstos em parceria com a ABI, ABRAJI e CICV;

- A OBORÉ, que tradicionalmente atua na área da saúde, manterá suas atividades na área da Saúde do Trabalhador;

- Vamos nos dedicar também ao mais novo projeto da casa, a ser realizado em parceria com a Hemeroteca Sindical Brasileira e a  Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República: uma ampla campanha junto a rádios e radialistas populares destinada a iluminar a importância das ações de segurança pública e de garantia dos direitos humanos e dar visibilidade ao trabalho das 14 Ouvidorias de Polícia que atuam nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. 
 
Trata-se de um projeto ligado ao Programa de Apoio Institucional para Ouvidorias de Polícia e Policiamento Comunitário, em cooperação bilateral com a União Européia, que objetiva auxiliar na instauração da responsabilização democrática das forças policiais brasileiras, particularmente no que concerne ao respeito pelos direitos humanos e à redução do uso de métodos violentos na luta contra a criminalidade, reforçando os mecanismos de controle externo das polícias e as iniciativas de policiamento comunitário. Importante destacar que a primeira Ouvidoria de Polícia do Brasil foi criada em 1º de Janeiro de 1995, no Estado de São Paulo, tendo como objetivo proteger os cidadãos de abusos cometidos pela atuação dos policiais no estado, no exercício da profissão. Desde então, diversos estados criaram suas Ouvidorias. Esta ação comunicacional a ser desenvolvida em 2007 prevê a produção de material radiofônico, cartilhas educativas e encontros de sensibilização com comunicadores populares desses 14 estados. 

Até 2007!