|
16/08/2001
É como se o governo dissesse: compre sementes sem dinheiro, toque a propriedade sem assistência técnica e corra atrás de dois meses de prejuízos causados pela demora no anúncio do Plano de Safra.
É claro que as palavras que o presidente Cardoso usa não são essas, mas, é mais ou menos isso o que ele quer dizer com o anúncio do precaríssimo Plano de Safra para a agricultura familiar.
Foram dois meses de espera por um Plano de Safra que chega capenga, cheio de imperfeições e vazio em recursos.
As normas regulamentadoras para o Plano de Safra, divulgadas pelo Banco Central são as seguintes:
Os juros mantém-se em 4% ao ano;
Crédito e investimento terá rebate de 25% para quem pagar em dia;
Financiamentos contraídos entre 2 de janeiro de 1998 e 30 de junho de 200, que eram corrigidos pela TJLP, mais juros de 6%, passam a ter somente taxa de 3% ao ano;
Os limites do Pronaf C passam de R$ 8 mil para R$ 10 mil; e no Pronaf B, de R$ 27,5 mil para R$ 30 mil;
No programa A Voz da Contag desta semana, nossa reportagem passa à limpo esta história e fala ainda dos problemas com o programa Bolsa Renda, no Estado de Pernambuco, onde mais de 3 milhões de famílias foram excluídas.
Ouça o programa aqui na página da Oboré. |
|