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09/08/2001
Dois meses de espera é muita coisa para qualquer banco, empresa, pequeno negócio ou comércio ambulante. Dois meses de espera para uma atividade que depende tanto do clima e das estações do ano, como a agricultura, pode ser um tempo fatal.
É exatamente o que aconteceu com a agricultura familiar brasileira, responsável pelo abastecimento de 70% do mercado interno brasileiro. O Plano de Safra, que deveria ter sido divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário no mês de junho, acabou ficando para esta semana.
Se para a burocracia do Governo este tempo não significa muito, para os pequenos produtores pode ser atraso fatal. Para evitar o pior, um grupo de 40 agricultores gaúchos, dos quais muitos deles não fizeram mais do que cinco viagens em toda sua vida, se dispuseram a deixar suas propriedade e viajar até Brasília, com a intenção de pressionar o Governo FHC a fazer o que deve: dizer quanto e quando anunciará o Plano de Safra.
A pressão deu resultado e é isso que conta o repórter Luiz Fernando Boaz, de A Voz da Contag, no programa desta semana.
No mesmo programa, produzido semanalmente pela Oboré para a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), há sete anos, você encontra a reportagem de Gadelha Neto, sobre o PDLS (Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável) e de Simone Telles, sobre o encontro do Coletivo Nacional de Assalariados Rurais, este mês, no CESIR (Centro de Estudos Sindicais Rurais), em Brasília. |
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