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22/01/2001
Para melhorar e desenvolver a comunicação nesta comunidade, a OBORÉ já fez duas oficinas para um grupo de 20 indígenas alfabetizados e com domínio de pelo menos três línguas: o português e outras línguas indígenas.
A primeira, realizada em setembro de 99, teve por objetivo mostrar ao grupo o que é notícia e como fazer uma programação. Também foi explicado como usar a radiofonia. Depois disso, a rádio comunitária Novo Milênio, dirigida por padres salesianos de um colégio de São Gabriel da Cachoeira, passou a veicular o programa "Vozes do Rio Negro", produzido pela FOIRN.
Na segunda oficina, realizada em junho de 2000, foi produzido o jornal WAYRI que na língua "nhengthu" significa mutirão. O jornal é trimestral e trata de assuntos como educação escolar indígena, saúde preventiva, e assuntos de interesse das comunidades locais.
Também nesta ocasião, foi produzida e enviada uma carta ao Ministério da Saúde com uma descrição da realidade do Rio Negro, ressaltando a importância de um trabalho preventivo de saúde através da comunicação no rádio.
O programa "Vozes do Rio Negro", também veiculado pela Radiobrás, alcança áreas da Venezuela e Colômbia e aborda temas sobre a saúde indígena, em várias línguas, para todos os povos da região.
Segundo os organizadores do programa, uma das maiores dificuldades está na questão cultural que a saúde representa para os índios. A tuberculose, por exemplo, é vista por alguns indígenas como um estado de espírito determinado por deuses.
Segundo o jornalista e diretor da OBORÉ, Sérgio Gomes, para fazer um trabalho de qualidade é preciso o apoio do Ministério da Saúde e de uma equipe formada por profissionais da saúde, da comunicação e da antropologia. As informações são da Revista Eletrônica de Jornalismo Científico ComCiência.
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