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15/06/2002

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Jornalismo em Conflito Armado

Jornalistas falam de seu trabalho em zonas de conflito

José Arbex e Adriana Marcolini foram os dois entrevistados do penúltimo dia do I Curso de Informação sobre Jornalismo em Situação de Conflito Armado, promovido pela OBORÉ e pelo CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), como um módulo do Projeto Repórter do Futuro.

A descrição de Adriana e a eloquência de Arbex deram idéia da diversidade de gêneros, gênios, opiniões e método de trabalho em situações de conflito ou pós-conflito. “Eu aposto no bom senso”, diz Adriana. “Sou um cara sem nenhum bom senso”, discorda Arbex.

Mais que relatos aventureiros de reportagens feitas em terras distantes, o encontro serviu para aproximar os estudantes de informações que só quem viveu pode contar com propriedade.

Junto com as entrevistas que os estudantes tem realizado com os correspondentes, o CICV tem colocado em pauta os temas jurídicos e históricos, que fazem o contexto do trabalho pontual da imprensa. Direito Internacional Humanitário, Direitos Humanos e recomendações de conduta do repórter em situação de perigo tem sido abordados também ao longo do curso.

(foto Regina Vilela)
Adriana Marcolini - Escutar
José Arbex Jr. - Escutar

Impulsivos ou cautelosos, os jornalistas que passaram pelo Curso mostraram aos estudantes os infinitos modos de conseguir a notícia nas zonas de perigo. Adriana, que trabalhou no pós-guerra da Bósnia para o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), descreveu sua metodologia precavida, calculista e otimista de analisar os fatos e buscar as informações.

Ao mesmo tempo, Arbex relatou incontáveis episódios onde a coragem, a imprudência e um certo grau de inconsequência foram os componentes fundamentais para o sucesso de suas reportagens. "Entrei na barricada, na Nicarágua e o vi o cara que estava ao meu lado ser alvejado", conta aliviado, rindo do perigo que passou perto.